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27/11/2010

valse statique

11/11/2010

Tiririca faz ditado hoje



Deputado federal eleito, o humorista Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o palhaço Tiririca, deve passar nesta quinta-feira por teste de ditado e leitura de um texto simples para verificação da condição de seu alfabetizado. Ele já está no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo.

Segundo o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, a medida servirá para que "o juízo possa analisar melhor a defesa apresentada pelo humorista na ação penal".

Tiririca foi acusado pelo Ministério Público de entregar à Justiça Eleitoral declarações falsas sobre sua alfabetização e bens.

A denúncia levou à abertura de uma ação penal sob a acusação da prática de falsidade ideológica contra o humorista, eleito deputado federal no último dia 3.

A perícia já apresentada no processo levanta a suspeita de que a declaração de alfabetização de Tiririca entregue à Justiça Eleitoral não foi redigida pelo humorista.

Silveira disse que na audiência o perito deverá pedir que Tiririca escreva um texto para a obtenção de material gráfico, para a eventual realização de novas perícias.

Em seguida, o magistrado pretende solicitar que o humorista aceite realizar um ditado com palavras simples.

Na última parte da audiência, o juiz pedirá que Tiririca faça a leitura de um texto de baixa complexidade.

Segundo Silveira, a audiência poderá ser decisiva, uma vez que antes do início da fase de depoimentos de testemunhas ele terá oportunidade de decidir pela absolvição sumária de Tiririca ou pela continuidade da causa.

O humorista apresentou defesa em que admitiu ter tido a ajuda da mulher para escrever a declaração de alfabetização entregue à Justiça Eleitoral.

Indagado sobre o tema, o juiz da 1ª Zona Eleitoral disse à Folha que só poderia falar sobre questões de forma do processo, mas não a respeito do conteúdo da defesa ou da acusação, pois a causa está sob segredo de Justiça.

Silveira então se limitou a explicar que a constatação do crime de falsidade ideológica depende do conteúdo da declaração, ou seja, se Tiririca é realmente alfabetizado, e não da forma como o documento foi produzido.

10/11/2010

Pele mulata







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Maconha com crack



Uma nova droga está sendo vendida no Rio de Janeiro: é o zirrê, uma mistura de maconha e crack, também conhecida como mesclado ou craconha. A droga é mais comum entre freqüentadores da Praia de Ipanema e já ganhou comunidades em sites de relacionamento na Internet, nas quais os usuários compartilham os modos de preparo.

Segundo Maria Thereza Costa de Aquino, coordenadora do Nepad, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a droga já existe no Rio de Janeiro há mais ou menos um ano.

"Eles dizem que a maconha, sendo relaxante, aumenta o efeito do crack, mas isso não é verdade. O sistema nervoso central é tão bem organizado, que ele limita o efeito de qualquer droga que o desorganize imediatamente. Por isso que o efeito do crack dura apenas alguns segundos", esclareceu a coordenadora a Sidney Rezende em entrevista na rádio CBN.

"Quem estuda o cérebro sabe que ele é o que há de mais nobre no corpo humano, e as pessoas brincam com essa matéria nobre, fazendo com que as drogas cheguem até o cérebro. A maconha, com seus canabinóides, que são substâncias alucinógenas, e o crack, que detona o cérebro. Não estou falando isso porque eu acho, estou falando isso porque trato de pessoas assim", advertiu Maria Thereza.

O próprio consumidor pode preparar o zirrê, depois de comprar, separadamente, a maconha e o crack. Há especialistas que acreditam que o coquetel surgiu para suprir um vazio no mercado.

"Quando uma pessoa me diz que descobriu uma droga nova, só tenho a lamentar. O objetivo é de mercado, com certeza. O mercado da droga é consumista, capitalista, cada vez mais oferece novos produtos para atrair consumidores", disse Maria Thereza.

"Minha palavra não é nem religiosa, nem moral. Eu sou apenas uma médica e todos os dias atendo de dez a quinze pessoas com esse problema. Então, repito: estou falando o que eu sei, não o que eu acho", conclui a coordenadora do Nepad no programa CBN Rio.

Reverie on a river - NYC 2010